sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Conecta, mas não navega

Bom, depois que instalei o Ubuntu 8.10, tive problemas com a conexão a internet com o modem 3g da Claro (HUAWEI E226).
Ele dizia que estava conectado, mas não navegava nas páginas WEB, não "pingava" em nenhuma máquina também.
Resolução:

Editei o arquivo: /etc/ppp/options

e adicionei ao final desse arquivo: ipcp-max-failure 30


Mais um problema resolvido!

Placa de vídeo SIS 771/671

No Ubuntu 8.10, não consegui uma resolução boa.
Então editei o arquivo xorg.conf (sudo gedit /etc/X11/xorg.conf) e deixei como está escrito abaixo

Section "Device"
Identifier "Configured Video Device"
Driver "vesa"
EndSection

Section "Monitor"
Identifier "Configured Monitor"
HorizSync 30 - 63
VertRefresh 50 - 75
EndSection

Section "Screen"
Identifier "Default Screen"
Monitor "Configured Monitor"
Device "Configured Video Device"
EndSection

Dica que peguei de http://ubuntuforum-pt.org/index.php?topic=34933.0

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Fazer operações como root utilizando o modo gráfico

Estando em uma conta que não seja root e querendo executar tarefas como root em modo grafico, digite na console:

"sudo nautilus"

Na janela que abre, vc se comportará como root. :P

domingo, 14 de setembro de 2008

Auto-login no UBUNTU 8.04

Para entrar automaticamente em uma conta de usuário no UBUNTU, faça o seguinte:

1. Vá em Sistema --> Administração --> Janela de Inicio de Sessão
2. Na guia Segurança, marque a opção "Habilitar inicio automático de Sessão"
3. Escolha a conta que deverá entrar automaticamente através da caixa "Usuário", logo abaixo da opção do item 2.
4. Feche a janela. Pode ser no X da parte de cima da janela ou no botão FECHAR na parte de baixo (se você conseguir vê-lo)

Simples assim :P

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Configurando o UBUNTU para permitir login na conta root

Este passo-a-passo foi criado com o objetivo de fazer com que eu saiba esse procedimento em qualquer lugar que eu esteja e sempre que eu precisar.
Logo, desculpem-me se não estiver claro o suficiente.
O UBUNTU não permite que o usuário faça o login como root, aliás (como tem escrito por aí em muitos lugares) você deve criar a senha de administrador depois da instalação.
Para permitir o login como root, faça o seguinte:

1. Como root, acesse a pasta /etc/gdm
Como?
* Vá em Aplicações --> Acessorios --> Console ou Consola ou Terminal (há vários termos para a janela de linha de comandos)
* digite na console 'su' e tecle 'enter'
* digite a senha e tecle 'enter'
* Digite 'cd /etc/gdm' (sem as ' ')

2. Abra os arquivos gdm.conf e gdm.conf-custom
Como?
* Digite na console 'gedit gdm.*' (sem as ' ')
Isso vai abrir dois arquivos em um editor de textos.

3. Procure a variável AllowRoot (utilize as teclas Ctrl+F para isso) no arquivo gdm.conf

4. Modifique o valor de AllowRoot para true (ele deve estar falso)
deve ficar assim "AllowRoot=true"

5. Copie "AllowRoot=true" (sem as " ") e cole no arquivo 'gdm.conf-custom' na linha seguinte a [security]

6. Salve os arquivos.

7. faça logoff e entre como usuário root.

Ou...
Tem uma forma bem mais fácil.
Em modo gráfico.
1. Clique em "Sistema"
2. Clique em "Janela de Inicio de Sessão"
3. Na aba "Segurança", procure por uma opção "Permitir inicio de sessão do administrador" e marque a caixinha.
4. Feche a Janela. Faça isso usando o botão "Fechar" ou o "X" da parte superior direita da janela.

Pronto, mais fácil que editar o arquivo né?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dicas de linhas de comando

Dicas de linhas de comando para Oracle, Linux, SQL Server, e outros que eu não lembro...

http://www.ss64.com/index.html

domingo, 17 de agosto de 2008

Mandamentos da profissão em TI

Conta a lenda que quando Deus liberou os conhecimentos das artes entre os homens, determinou que a "Tecnologia" ficaria restrita a um grupo muito selecionado de sábios, pois entender seus conceitos era uma grande arte!
Mas neste pequeno grupo, onde todos se achavam "semi-deuses", alguém traiu as determinações divinas (foram para o lado negro da força e usaram seus conhecimentos para o mal: criaram os vírus!)...
Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos para aqueles que escolhessem a tal profissão:

  1. Não terás vida social, familiar ou sentimental.
  2. Não verás teus filhos crescerem.
  3. Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
  4. Terás gastrite se tiveres sorte. Se for como os demais, terás úlcera. Às vezes um ou dois enfartos!
  5. A pressa será tua única amiga e as tuas principais refeições serão os lanches.
  6. Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrares cabelos.
  7. Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
  8. Dormir será considerado período de folga, logo não dormirás.
  9. Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
  10. As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que entendem de TI e as que não entendem.
  11. A máquina de café será tua melhor amiga de trabalho, porém à cafeína não te farás mais efeito.
  12. Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter contato com outras pessoas loucas como você.
  13. Terás sonhos com códigos fonte, banco de dados e telecomunicações, e resolverás problemas de trabalho neste período.
  14. Exibirás olheiras como troféu de guerra...E pior: Inexplicavelmente, gostarás de tudo isso!
  15. Não poderás adoecer.
  16. Todo dia, tudo recomeçará do zero novamente, pois qualquer conhecimento em TI não vale muito tempo!

sábado, 2 de agosto de 2008

Novas Especificações

Com o avanço da física as empresas terão que colocar novas instruções nos seus produtos. Abaixo seguem alguns exemplos:

-- este produto causa deformações no espaço tempo.

-- este produto atrai todas as coisas ao seu redor com uma força proporcional ao produto das massas e inversamente proporcional a distancia entre eles.

-- a massa deste produto contem energia correspondente a 85 milhões de toneladas de dinamite.

-- por causa do "princípio da incerteza" é impossível descobrir, ao mesmo tempo, onde o produto está e com que velocidade ele está se movendo.

-- há uma chance muito pequena, mas não nula de que através do processo de tunelamento este produto possa espontaneamente desaparecer deste local e reaparecer em algum lugar do universo. Incluindo a a casa de seu vizinho. O fabricante não é responsável por qualquer conseqüência deste fenômeno.

-- este produto é feito de 100% de matéria, evite contato deste com anti-matéria. Pois o resultado seria a liberação de uma grande quantidade de energia.

-- o uso deste produto de alguma forma irreversível causará sempre algum aumento de entropia no universo.

-- este produto possui 99.9999999999% de espaço vazio.

-- só garantimos este produto para comportamentos em espaços tridimensionais, quaisquer outras alterações devido a outras dimensões não estão na garantia.

-- algumas teorias da física quântica afirmam que quando o consumidor não está observando diretamente o produto, este último pode deixar de existir ou então passará a existir em um estado indeterminado.

-- tenha cuidado ao levantar este produto, pois sua massa e portanto seu peso dependem da velocidade relativa do usuário.

-- o universo em que este produto está inserido pode em algum momento colapsar em um ponto singular e em seguida dar origem a um outro universo. A presença deste produto no novo sistema não é garantida.

Galinha na Pista!



POR QUE A GALINHA ATRAVESSOU A ESTRADA NA OPINIÃO DOS CIENTISTAS:
Descartes: “Ela tinha razão suficiente para acreditar que, de algum modo, estava sonhando.”
Isaac Newton: “Pela primeira lei da dinâmica, galinhas em repouso tendem a se manter em repouso, galinhas em movimento tendem a atravessar a estrada.”
Einstein: “A galinha atravessar a estrada ou a estrada passar por sob a galinha é uma questão de referencial.”
Heisenberg: “Pelo princípio da incerteza, não sabemos ao certo o lado em que a galinha se encontra, mas sabemos que estava se movendo.”
Pauli: “Segundo o princípio da exclusão, a galinha não atravessou, já existia uma galinha naquele lado!”
Hubble: “Pela teoria da expansão do universo, a galinha não atravessou foi a estrada que se expandiu.”
De Broglie: “A dualidade quântica afirma que haviam duas galinhas, uma de cada lado, você só acha que ela atravessou.”
O astrônomo: “Cadê o espectro dela pra me provarem que ela existe?”
O astrofísico teórico: “Seja uma galinha esférica paraboloidal descrita pelas seguintes equações de campo…”
O criacionista: “Deus criou ela lá, não existe prova de que tenha estado aqui.”
Darwin: “Somente as galinhas mais aptas conseguem.”

Piadas que só físicos entendem


UNIDADES...

Lá no além estavam reunidos os grandes físicos de todos os tempos, Einstein, Newton, Pascal, Hook, etc, etc…
Então, como eles tinham a eternidade pela frente resolveram brincar de esconde-esconde… Einstein foi contar…
Foi um corre-corre pra todo lado, todos procurando se esconder… Menos Newton… Ele pegou um giz, desenhou um quadrado de exatamente 1m x 1m e ficou em cima dele… Bem à vista de Einstein…
Quando ele terminou de contar deu de cara com Newton paradão ali…
— Ué, Newton, não quis se esconder? - e já estava virando pra bater o nome de Newton.
— Espere! - disse Newton - Não é Newton que vc está vendo… É Pascal…
— Óbvio que não! - disse Einstein contrariado.
— É sim. - disse o outro tranqüilo apontando para os pés - Newton por metro quadrado… *
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TEM MAIS QUE FISICO...
- Um biólogo, um físico e um matemático estavam sentados num café e vêem duas pessoas entrarem numa casa. Passados dez minutos, saem três pessoas dessa mesma casa. O biólogo: "Reproduziram-se"... O físico: "A medida inicial não estava correcta"... O matemático: "Se neste momento entrasse uma pessoa dentro da casa, a casa voltava a ficar vazia..."
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É SÓ SABER CALCULO QUE ENTENDE!

Um louco internado no hospício achava q era o operador diferencial. Assim ele chegava para os outros loucos e gritava: "EU TE DERIVO!!!" e os outros loucos saiam todos apavorados gritando de horror. Um dia chegou um novo louco, sentou-se à mesa, e o "operador diferencial" quando o viu, não teve duvidas: resolveu derivá-lo também. Veio devagar, encheu os pulmões e gritou: "EU TE DERIVO!!!" Só q o outro louco nem se mexeu... Não acreditando em tamanha coragem, ele tentou de novo: "EU TE DERIVO!!!!!!!!" Nada. Nenhuma reação. Até q ele se intrigou e perguntou para o outro louco "Mas que coisa... você não tem medo de ser derivado??" ao que este respondeu "Pq? Eu sou e^x (e elevado a x)..."
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NEM HEISENBERG ESCAPA

Um dia ia Herr Heisenberg, dirigindo muito rápido, na auto-estrada. O policial para o carro do senhor Heisenberg. Surpreso com a velocidade e imprudência do físico, o policial pergunta perplexo :

"O senhor tem idéia da velocidade q vc tava andando?"
Werner respondeu :

"Não. Mas eu sei muito bem onde eu estou!"
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PESSOAL DA MATEMÁTICA: DESCULPEM-ME, MAS ESSA É BOA...

Um físico e sua namorada, estavam passeando de balão, quando foram pegos por uma ventania.
Estavam sobre um deserto, e não sabiam sua localidade, quando avistaram um homem andando sozinho.
Baixaram o balão a uma altura para que pudessem conversar com o homem.
O fisico pergunta ao homem:
- Onde estamos?
O homem responde:
- em um balão!
O fisico, enraivecido diz a sua namorada:
- tinha que ser um matemático!
Namorada:
- Como você sabe que ele é matematico?!
Fisico:
- Só pode ser, pra dar uma resposta assim; extremamente precisa, verdadeira e totalmente irrelevante!
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QUANTO É 2+2

Um matemático: 4 com certeza.
Um estatístico: algo entre 3,99...9 e 4,00...01
Um físico: depende, estamos falando de soma vetorial, tensorial, relatividade, soma escalar?
Um engenheiro: bota 5 que aguenta.
Um contabilista: Quanto vc quer que seja?
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Frases Marcantes

O melhor modo de se ter a atenção dos estudantes é com uma demonstração onde existe a possibilidade do professor morrer.
- Atribuido a: Jearl Walker, Universidade de Cleveland
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Teoria é quando se sabe tudo, e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe porque.
Neste recinto, conjugam-se a teoria e a prática: Nada funciona e ninguém sabe porque...
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Se um experimento não der certo, destrua todas as evidências de que você tentou.
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Você nunca deve repetir um experimento que deu certo.
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Se você não puder convencer, confunda.
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Pelo princípio da incerteza de Heisenberg, se você sabe a que velocidade está dirigindo, então você está perdido...
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Os buracos negros foram criados quando Deus dividiu por zero.
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Escrito em algum lugar: Heisenberg PODE ter estado aqui.
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Aviso em uma porta de um laboratório de ótica:
- NÃO olhe para o laser com o olho que ainda lhe resta.
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"A física está para a matemática, assim como o sexo está para a masturbação"
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"Só duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana, e só tenho dúvidas quanto ao universo."
Albert Einstein

Perguntas e Respostas

P: Qual é o barulho que o elétron faz quando cai?
R: Planck.

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P:Qual é o barulho que o elétron faz quando arrota?
R:Booooohr.

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P: Como o átomo atende o telefone?
R: Próton?

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P: Por que não se pode comer um elétron?
R: Porque ele tem spin.

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P: Porque as estrelas não fazem miau?
R: Porque Astro no mia

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P: O que um fóton disse pro outro?
R: Eu estou cansado da sua interferência!
(fonte: mlund@moxtek.com (Dr. Mark W. Lund?))

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Einstein joga a mulher na cama, e fica nu. O que a mulher falou para ele?

Uau, que físico!

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P: Você sabe porque que o Heisenberg nunca teve filhos?
R: Porque quando ele acertava o momento, errava a posição, e quando acertava a posição, errava o momento!!!


DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO FÍSICO

Consideramos esses postulados como intuitivamente óbvios, que todo físico(a) nasce igual, em primeira aproximação, e é dotado(a), pelo criador, de certos privilégios discretos, entre eles, uma vida média de repouso, n graus de liberdade e os seguintes direitos, que são invariantes sob todas as transformações:

I. Aproximar todos os problemas a casos ideais.

II. Usar cálculos de ordem de grandeza sempre que necessários (isto é, sempre que se der bem com eles).

III. Usar o rigoroso método da "acochambração" para resolver problemas mais difíceis que a soma de inteiros reais positivos.

IV. Desprezar todas as funções que divergem considerando-as "detestáveis" e "não-físicas".

V. Invocar o princípio da incerteza sempre que confrontado com matemáticos, químicos, engenheiros, psicólogos, dramaturgos e andere schweinhund.

VI. Usar "notações bastardas" onde a matemática convencional não funcionar.

VII. Justificar um raciocício furado com o argumento de que dá a resposta certa.

VIII. Escolher espertamente condições iniciais convenientes, usando princípio geral da trivialidade.

IX. Usar argumentos plausíveis no lugar de provas e, a partir daí, referir-se a esses argumentos como provas.

Quantos físicos são necessários para trocar uma lâmpada?


Quantos astrônomos são necessários para trocar uma lâmpada?
Nenhum. Astrônomos se recusam a trocar lâmpadas. Os astrônomos preferem lugares escuros.

Quantos radio-astrônomos são necessários para trocar uma lâmpada?
Nenhum. Eles não tem qualquer interesse nestas coisas que emitem energia com pequeno comprimento de onda.

Quantos físicos especialistas na teoria da relatividade geral são necessários para trocar uma lâmpada?
Dois. Um segura a lâmpada enquanto o outro gira o Universo.

Quantos físicos especialistas em mecânica quântica são necessários para trocar uma lâmpada?
Eles não conseguem fazer isto. Se eles sabem onde está a base da lâmpada eles não podem localizar a lâmpada nova.

Quantos físicos quânticos são necessários para trocar uma lâmpada?
Nenhum, logo que eles observam que ela está apagada ela muda de estado..

Quantos físicos quânticos são necessários para trocar uma lâmpada?
Se você sabe o número você não sabe onde a lâmpada está.

Quantos físicos de partículas são necessários para trocar uma lâmpada?
Duzentos: 136 deles para esmagar a lâmpada e 64 para analisar os pequeníssimos pedaços e chegar a alguma conclusão.

Quantos físicos teóricos são necessários pra se trocar uma lâmpada?
Não importa quantos, eles vão ficar horas tentando provar matematicamente que o seu jeito de trocar a lâmpada é melhor que o do outro, e enquanto isso, um experimental trocou a lâmpada e eles nem perceberam.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A Sensação De Poder - Isaac Asimov

Jehan Shuman estava acostumado a lidar com os homens responsáveis pelas tropas espalhadas pela Terra. Era apenas um civil, mas tinha criado os programas que possibilitaram o surgimento dos mais avançados computadores automáticos de guerra. Conseqüentemente, os generais ouviam sua opinião. Os líderes das comissões parlamentares também.
Havia um militar e um político no salão especial do Novo Pentágono. O general Weider tinha um rosto bronzeado pelos raios de muitos sóis, e sua pequena boca, cheia de rugas, quase não aparecia. O deputado Brant tinha um rosto suave e olhos claros. Ele fumava um charuto denebiano com a segurança de alguém cujo patriotismo era tão notário que podia se permitir certas liberdades.
Shuman, alto, distinto, um típico programador de elite, encarou-os destemidamente.
- Cavalheiros - disse ele -, esse É Myron Aub.
- É aquele que tem um talento incomum, que você descobriu por acaso - disse Brant, sereno. - Ah. - Ele estudou o pequeno homem de cabeça oval e careca com uma curiosidade cordial.
Em resposta, o homenzinho torceu os dedos de suas mãos ansiosamente. Nunca tinha visto homens tão importantes em sua vida. Era um técnico envelhecido e sem importância, que há muito tempo tinha fracassado em todos os testes destinados a selecionar as pessoas talentosas da humanidade e se acomodara numa rotina de trabalhos não especializados. Tinha apenas um passatempo que, depois de descoberto pelo grande programador, acarretara todo esse estardalhaço.
- Acho infantil esse clima de mistério - disse o general Weider.
- Vai deixar de achar em um minuto - disse Shuman. - Esse É o tipo de coisa que não pode vazar para qualquer um... Aub! Havia um pouco de autoritarismo na sua maneira de pronunciar esse nome monossilábico, mas, nesse caso, era o grande programador falando para um simples técnico. - Aub! Quanto É nove vezes sete?
Aub hesitou um pouco. Seus olhos pálidos brilharam, ligeiramente ansiosos.
- Sessenta e três - disse ele.
O deputado Brant levantou as sobrancelhas.
- Ele acertou?
- Veja você mesmo, deputado.
O deputado tirou seu computador de bolso, apertou as teclas duas vezes, olhou para a superfície na palma de sua mão e guardou-o.
- É esse o talento que você trouxe para nos mostrar? Um ilusionista?
- Mais que isso, senhor. Aub decorou algumas operações e com elas faz cálculos num papel.
- Um computador de papel? - disse o general. Ele parecia aflito.
- Não senhor - disse Shuman pacientemente. - Não É um computador de papel. É um simples pedaço de papel. General, o senhor faria a gentileza de sugerir um número?
- Dezessete - disse o general.
-E o senhor, deputado?.
- Vinte e três.
- Ótimo. Aub, multiplique esses números e, por favor, mostre a esses cavalheiros como você faz isso.
- Sim, programador - disse Aub, fazendo uma reverência com a cabeça. Tirou um bloco de um dos bolsos da camisa e do outro uma caneta de bico fino. Sua testa se enrugava enquanto desenhava meticulosamente no papel.
O general Weider interrompeu-o bruscamente.
- Deixe-me ver isso.
Aub entregou-lhe o papel.
- Bem, isso parece com o número dezessete - disse Weider.
O deputado Brant balançou a cabeça.
- Parece sim, mas eu acho que qualquer um pode copiar as figuras de um computador. Talvez até eu possa fazer um dezessete razoável, mesmo sem prática.
- Se vocês deixarem Aub continuar, cavalheiros - disse Shuman, sem se perturbar.
Aub continuou com as mãos um pouco trêmulas. Depois de algum tempo, disse em voz baixa:
- A resposta É trezentos e noventa e um.
O deputado Brant checou de novo o computador. - Por Deus, É isso mesmo. Como ele adivinhou.
- Ele não adivinhou, deputado - disse Shuman. - Ele calculou o resultado nesse pedaço de papel.
- Conversa furada - disse o general, impaciente. - O computador É uma coisa, desenhos no papel são outra.
- Explique, Aub - pediu Shuman.
- Pois não, programador. Bem, eu escrevo dezessete, embaixo dele, escrevo vinte e três. Depois, digo comigo mesmo: sete vezes três...
- Sá que o problema É dezessete vezes vinte e três interrompeu-o o deputado, cortês.
- Sim, eu sei - disse o pequeno técnico, num tom sério. Mas eu começo por sete vezes três, porque É assim que funciona. Agora, sete vezes três são vinte e um.
- Como É que você sabe isso? - perguntou o deputado.
- É uma questão de memória. É sempre vinte e um no computador. Já conferi um monte de vezes.
- Isso não quer dizer que vai ser assim para sempre, não? Disse o deputado.
- Talvez não - gaguejou Aub. - Não sou matemático. Mas as minhas respostas sempre estão certas.
- Continue.
- Sete vezes três É vinte e um, então eu escrevo vinte e um. Depois, um vezes três É três e, então, escrevo o três embaixo do dois de vinte e um.
- Por que embaixo do dois? - perguntou de pronto o deputado.
- Porque... - Aub olhou desesperado para o seu superior, como se estivesse pedindo ajuda. - É difícil de explicar.
- Se vocês aceitarem o seu trabalho por um momento, podemos deixar os detalhes para os matemáticos.
Brant se acalmou.
- Três mais dois é igual a cinco - disse Aub. - Então o vinte e um vira cinqüenta e um. Você deixa isso de lado um pouquinho e começa de novo. Você multiplica sete por dois, que É catorze e um por dois, que dá dois. Se você colocá-los assim, isso vai dar trinta e quatro. Agora coloque o trinta e quatro embaixo do cinqüenta e um dessa forma e faça a soma, então terá a resposta final, que é trezentos e noventa e um.
Houve um momento de silêncio.
- Não acredito nisso - disse o general Weider. - Ele vem com essa conversa furada e desenha os números, multiplica e soma dessa maneira, mas não acredito. Isso É muito complicado. Não passa de um truque.
- Não, senhor - disse Aub, ansioso. - Sá parece complicado porque o senhor não está acostumado. Na verdade, as regras são muito simples e funcionam com qualquer número.
- Qualquer número, hein? - disse o general. - Então, vamos ver. - Pegou o seu computador (um modelo GI de estilo austero) e apertou-o ao acaso. - Escreva cinco sete três oito no papel. Isto é cinco mil setecentos e trinta e oito.
- Sim, senhor - disse Aub, pegando uma folha em branco.
- Agora - mais toques no seu computador - sete dois três nove. Sete mil, duzentos e trinta e nove.
- Sim, senhor.
- Agora, multiplique esses dois números.
- Isso vai demorar um pouco - disse Aub, com uma voz trêmula.
- Fique à vontade - disse o general.
- Vá em frente, Aub - disse Shuman, incisivo.
Aub pôs-se a trabalhar, inclinando-se para baixo. Virou outra página e mais outra. O general pegou o relógio e viu as horas.
- Você já terminou o seu número de magia, técnico.
- Estou terminando, senhor. Aqui está, senhor. Quarenta e um milhões, novecentos e trinta e sete mil, trezentos e oitenta e dois. Ele mostrou o resultado rabiscado no papel.
O general Weider sorriu amargamente. Ele pressionou o botão de multiplicação do seu computador e deixou os números rodopiarem até parar. Então ele olhou o resultado e gritou surpreso. - Grande Galáxia, esse cara está certo.


O Presidente da Federação Terrestre tinha adquirido uma expressão macilenta devido à longa permanência nos escritórios; nas audiências, ele permitia que uma expressão vagamente melancólica tomasse conta de suas feições. A guerra denebiana, depois de um breve começo de grande agitação e muita popularidade, tinha se restringido a uma sórdida questão de manobras e contramanobras, com o descontentamento crescendo continuamente na Terra. Provavelmente também estava crescendo em Deneb.
E
agora, o deputado Brant, líder do importante Comitê de Apropriações Militares, estava alegre e entusiasmadamente desperdiçando a sua audiência falando barbaridades.
- Calcular sem um computador - disse o presidente, impaciente - É absolutamente impossível.
- Calcular - disse o deputado - É apenas um sistema de manipulação de dados. Uma máquina pode fazer isso, da mesma forma que a mente humana. Deixe-me dar-lhe um exemplo. E, usando as novas habilidades que tinha aprendido, desenvolveu somas e produtos até que o presidente, a despeito de sua desconfiança, se mostrou interessado. - Isso sempre funciona.
- Sempre, Senhor Presidente. É infalível.
- É difícil de aprender.
- Passei uma semana até pegar o macete. Acho que o senhor precisaria de menos tempo.
- Isso É um joguinho interessante - disse o presidente, depois de pensar um pouco. - Mas qual a sua utilidade.
- Qual a utilidade de um bebê recém-nascido, Senhor Presidente? Por enquanto, não tem nenhuma utilidade, mas o senhor não vê, isso aponta o caminho que libertará a máquina. Pense bem Senhor Presidente. - O deputado se levantou e sua voz profunda automaticamente assumiu algumas das entonações que usava nos debates. - A guerra denebiana É uma guerra de computador contra computador. Os computadores deles produzem um escudo impenetrável de contramísseis contra os nossos mísseis, assim como os nossos fazem contra os deles. Quando modernizamos nossos computadores, eles também modernizam os deles, e há cinco anos existe um equilíbrio precário e inútil.
Agora temos em nossas mãos um método para ir além do computador, pular por sobre ele, ultrapassá-lo. Combinaremos a mecânica do computador com o pensamento humano; teremos o equivalente aos computadores inteligentes; bilhões deles. Não posso prever detalhadamente quais serão as conseqüências, mas elas serão incalculáveis. E, caso os denebianos se antecipem a nós nesse aspecto... O resultado pode ser uma catástrofe.
- O que podemos fazer? - disse o presidente, preocupado.
- Colocar o poder da administração em favor de um projeto secreto de computação humana. Chame-o de Projeto Número, se quiser. Posso me responsabilizar pelo meu comitê, mas vou precisar do apoio da administração.
- Mas até onde a computação humana pode ir.
- Não há limites. De acordo com o programador Shuman, que me apresentou essa descoberta...
- Já ouvi falar de Shuman, É claro.
- Sim. Bom, o Doutor Shuman me disse que, teoricamente, não há nada que um computador faça que não possa ser feito pela mente humana. O computador apenas processa um número finito de dados e opera um número finito de operações a partir deles. A mente humana pode reproduzir esse processo.
O presidente pensou um pouco.
- Se Shuman diz isso, estou inclinado a acreditar nele... Em teoria. Mas, na prática, como alguém pode saber como um computador funciona?
Brant sorriu cordialmente.
- Senhor Presidente, eu fiz a mesma pergunta. Ao que parece, houve uma Época em que os computadores eram projetados diretamente pelos seres humanos. Eram computadores simples; antecederam a Época em que o uso racional dos computadores fez com que eles projetassem computadores mais avançados.
- Sim, sim. Continue.
- Aparentemente, o técnico Aub conseguiu, por puro lazer, reconstituir alguns desses velhos esquemas, estudou os detalhes do seu funcionamento e descobriu que podia copiá-lo. A multiplicação que acabei de fazer para o senhor É uma imitação do funcionamento de um computador.
- Surpreendente!
O deputado tossiu educadamente.
- Se posso fazer mais uma observação, Senhor Presidente... Quanto mais pudermos desenvolver essa coisa, mais poderemos desviar nosso esforço federal da produção de computadores e de sua manutenção. Assim que o cérebro humano assumir o poder, nossas melhores energias poderão ser canalizadas para procurar a paz, e a influência da guerra nos homens comuns será menor. Isso será mais vantajoso para o partido no poder, É claro.
- Ah - disse o presidente. - Entendo o que você quer dizer. Bem, sente-se, deputado, sente-se. Preciso de algum tempo para pensar. Enquanto isso me mostre esse truque da multiplicação de novo. Deixe ver se eu consigo pegar o macete. O programador Shuman não tentou apressar o assunto. Loesser era conservador, muito conservador, e gostava de lidar com os computadores da mesma forma como seu pai e seu avo. Mesmo assim, ele controlava o monopólio de computadores do oeste europeu; se conseguisse entusiasmá-lo com o Projeto Número, um passo muito grande seria dado.
Mas Loesser continuava com um pé atrás
- Não sei se gosto da idéia de afrouxarmos as nossas rédeas sobre os computadores. A mente humana É uma coisa caprichosa. O computador sempre nos dará a mesma resposta para o mesmo problema. Qual a garantia que temos de que com a mente humana será assim?
- A mente humana, Loesser, apenas manipula os fatos. Não importa se a mente humana ou a máquina faz isso. Elas são apenas instrumentos.
- Sim, sim. Acompanhei sua engenhosa demonstração de que a mente humana pode imitar o computador, mas isso me parece um pouco vago. Aceito a teoria, mas que razão nós temos para achar que a teoria será confirmada na prática?
- Acho que temos uma razão, senhor. Afinal de contas, os computadores não existiram sempre. O homem das cavernas, com suas trirremes, machados de pedra e estradas de ferro, não tinha computadores.
- E provavelmente não sabia calcular.
- Você sabe muito bem que sim. Até a construção de uma estrada de ferro ou de um zigurate requeria algum tipo de cálculo, e, como nós sabemos, isso foi feito sem computadores.
- Você está sugerindo que eles calculavam da mesma maneira que você me mostrou?
- Provavelmente não. Afinal de contas, esse método, que, a propósito, chamamos de "grafítico", da velha palavra européia graphos, que quer dizer "escrita"... Esse método foi desenvolvido a partir dos próprios computadores, portanto não pode ter sido usado pelos primitivos. Ainda assim, o homem das cavernas deve ter tido algum método, não?
- Artes perdidas! Se você está falando de artes perdidas...
- Não, não É isso. Não sou um entusiasta das artes perdidas, embora não afirme que não exista nenhuma. Afinal, o homem comia cereais antes de aprender a fazer culturas hidropônicas, e se os primitivos comiam cereais, eles deviam cultivá-los no solo. De que outra forma poderiam ter conseguido?
- Não sei, mas só acreditarei em terra cultivada quando vir algum grão crescer no chão. Também só acreditarei que se faz fogo esfregando uma pedra na outra no dia em que me mostrarem que isso É possível.
Shuman tentou ser conciliador.
- Bem, vamos nos ater aos graníticos. Isto tudo faz parte do processo de eterificação. O transporte por meio de pesados equipamentos está sendo substituído por transferência direta de massa. Os instrumentos de comunicação se tornam cada vez mais leves e mais eficientes. Por causa disso, compare seu computador de bolso com aquelas engenhocas pesadas de mil anos atrás. Então, por que não dar tambÉm o Ultimo e definitivo passo, e abolir os computadores? Vamos, senhor, o Projeto Número É inevitável; ele está progredindo rapidamente. Mas queremos sua ajuda. Se o patriotismo não for suficiente para engajá-lo, pense na aventura intelectual que está em jogo.
- Que progresso? - disse Loesser com ceticismo. - O que você pode fazer além de multiplicar? Pode integrar uma operação transcendental?
- Dentro em breve, senhor, Dentro em breve. No mês passado, aprendi a dividir. Posso determinar, e corretamente, quocientes inteiros e quocientes decimais.
- Quocientes decimais? De quantas casas?
O programador Shuman tentou manter um tom natural.
- Qualquer número!
Loesser ficou de queixo caído.
- Sem um computador?
- Faça um problema.
- Divida vinte e sete por treze. Em seis casas.
Cinco minutos depois, Shuman disse:
- Dois, vírgula, zero sete meia nove dois três.
Loesser conferiu.
- Isso É realmente fantástico. A multiplicação não me impressionou muito porque, afinal, isso envolvia números inteiros e acho que uma hábil manipulação pode conseguir isso. Mas decimais...
- E isso não É tudo. Há uma nova pesquisa em curso que até agora É ultra-secreta e que, falando sinceramente, não posso revelar. Mesmo assim... Estamos perto de aprender a fazer uma raiz quadrada.
- Raiz quadrada?
- Ainda tem algumas coisas pendentes e não conseguimos acertar na mosca, mas o técnico Aub, o homem que inventou essa ciência e que tem uma incrível sensibilidade para a coisa, assegura que está prestes a resolver o problema. E ele É apenas um técnico. Um homem como o senhor, um matemático talentoso e tarimbado, não encontraria tanta dificuldade.
- Raiz quadrada - resmungou Loesser, encantado.
- Raiz cúbica também. E então? Está conosco?
Loesser levantou a mão rapidamente.
- Pode contar comigo.
O general Weider marchava de um lado para o outro da sala e se dirigia aos ouvintes à sua frente como se fosse um professor ranzinza diante de uma turma de estudantes indóceis. Pouco lhe importava se eram os cientistas civis que coordenavam o Projeto Número. O general era um líder em todos os lugares e assim se comportava em todos os momentos de sua vida.
- Nenhum problema com as raízes quadradas, então - disse ele. - Eu mesmo não sei como fazê-las, mas já estão concluídas. Mesmo assim, não vamos interromper o projeto só porque já solucionamos os problemas que alguns de vocês consideram essenciais. Vocês podem fazer o que quiserem com os grafíticos depois que a guerra acabar, mas, nesse exato momento, temos problemas específicos que precisam ser solucionados.
Num canto distante, o técnico Aub ouvia aflito. É claro que há muito tempo deixara de ser um técnico, tendo sido dispensado de suas tarefas e convocado a participar do projeto, com um título pomposo e um átimo salário. Mas É claro que as diferenças sociais permaneciam e os líderes científicos, altamente classificados, jamais o aceitariam em seu meio ou o tratariam em pé de igualdade.


E Aub tampouco desejava isso. Sentia-se tão incomodado entre eles como eles se sentiam incomodados na sua presença.
- Nós só temos uma meta, cavalheiros - estava dizendo o general. - Substituir os computadores. Uma nave que possa viajar pelo espaço sem um computador a bordo pode ser construída em um quinto de tempo e por um décimo dos custos de uma nave computadorizada. Poderíamos ter frotas especiais cinco ou dez vezes maiores do que as de Deneb se eliminássemos os computadores. E até vejo mais além disso. Talvez agora pareça loucura ou um simples sonho. Mas no futuro eu posso ver mísseis tripulados.
Houve um instantâneo murmúrio por parte da platéia.
O general prosseguiu:
- No momento, nosso problema principal É que a inteligência dos mísseis É limitada. O computador que os controla não pode alterar o rumo programado e, por essa razão, eles sempre acabam sendo detidos por antimísseis. Poucos mísseis, se É que algum consegue chegar a seu objetivo, e a guerra de mísseis está prestes a acabar; felizmente, tanto para o inimigo, como para nós.
Por outro lado, um míssil com um ou dois homens dentro, controlando o vôo com graníticos, seria mais leve, mais ágil e mais inteligente. Isso nos daria uma vantagem que pode significar a vitória. Além disso, cavalheiros, as necessidades da guerra nos obrigam a lembrar de uma coisa. Um homem É mais descartável do que um computador. Mísseis tripulados podem ser lançados em maior número e sob circunstâncias que nenhum general empreenderia se usasse mísseis computadorizados.
Ele discorreu sobre muito mais coisas, mas o técnico Aub não esperou. O técnico Aub, na intimidade dos seus aposentos, elaborou cuidadosamente sua carta de despedida. Ela dizia o que se segue: "Quando comecei a estudar o que agora chamam de graníticos, isso não passava de um passatempo. Nada mais do que um agradável passatempo, um exercício para a cabeça.
Quando o Projeto Número começou, achava que as pessoas fossem mais esclarecidas do que eu e que os graníticos poderiam ser usados para ajudar a humanidade, apoiando a modernização dos instrumentos necessários à transferência de massas. Mas agora vejo que ele só será usado para a morte e a destruição.
Não posso suportar a responsabilidade de ter inventado os grafíticos.”Depois, virou contra si o foco do despolarizador de proteínas e morreu instantaneamente”.
Eles se reuniram em torno do túmulo do pequeno técnico para prestar-lhe honra por sua notável descoberta.
O programador Shuman fez uma reverência com a cabeça, junto com os outros, mas continuou imóvel. O técnico tinha dado sua contribuição e não era mais necessário. Ele podia ter começado os graníticos, mas agora que o projeto já estava em andamento, iria se desenvolver automaticamente até triunfar, tornando os mísseis tripulados uma realidade, juntamente com tantas outras coisas. Nove vezes sete, pensou Shuman com orgulho, sessenta e três. Não precisava mais que um computador lhe dissesse isso. Sua própria cabeça era um computador. E isso lhe dava uma fantástica sensação de poder.


ASIMOV, Isaac. Sonhos de Robô. Rio de Janeiro, Ed. Record, 1991. p. 320/330

A Última Pergunta - Isaac Asimov

A última pergunta foi feita pela primeira vez, meio que de brincadeira, no dia 21 de maio de 2061, quando a humanidade dava seus primeiros passos em direção à luz. A questão nasceu como resultado de uma aposta de cinco dólares movida a álcool, e aconteceu da seguinte forma...
Alexander Adell e Bertram Lupov eram dois dos fiéis assistentes de Multivac. Eles conheciam melhor do que qualquer outro ser humano o que se passava por trás das milhas e milhas da carcaça luminosa, fria e ruidosa daquele gigantesco computador. Ainda assim, os dois homens tinham apenas uma vaga noção do plano geral de circuitos que há muito haviam crescido além do ponto em que um humano solitário poderia sequer tentar entender.
Multivac ajustava-se e corrigia-se sozinho. E assim tinha de ser, pois nenhum ser humano poderia fazê-lo com velocidade suficiente, e tampouco da forma adequada. Deste modo, Adell e Lupov operavam o gigante apenas sutil e superficialmente, mas, ainda assim, tão bem quanto era humanamente possível. Eles o alimentavam com novos dados, ajustavam as perguntas de acordo com as necessidades do sistema e traduziam as respostas que lhes eram fornecidas. Os dois, assim como seus colegas, certamente tinham todo o direito de compartilhar da glória que era Multivac.
Por décadas, Multivac ajudou a projetar as naves e enredar as trajetórias que permitiram ao homem chegar à Lua, Marte e Vênus, mas para além destes planetas, os parcos recursos da Terra não foram capazes de sustentar a exploração. Fazia-se necessária uma quantidade de energia grande demais para as longas viagens. A Terra explorava suas reservas de carvão e urânio com eficiência crescente, mas havia um limite para a quantidade de ambos.
No entanto, lentamente Multivac acumulou conhecimento suficiente para responder questões mais profundas com maior fundamentação, e em 14 de maio de 2061, o que não passava de teoria tornou-se real.
A energia do sol foi capturada, convertida e utilizada diretamente em escala planetária. Toda a Terra paralisou suas usinas de carvão e fissões de urânio, girando a alavanca que conectou o planeta inteiro a uma pequena estação, de uma milha de diâmetro, orbitando a Terra à metade da distância da Lua. O mundo passou a correr através de feixes invisíveis de energia solar.
Sete dias não foram o suficiente para diminuir a glória do feito e Adell e Lupov finalmente conseguiram escapar das funções públicas e encontrar-se em segredo onde ninguém pensaria em procurá-los, nas câmaras desertas subterrâneas onde se encontravam as porções do esplendoroso corpo enterrado de Multivac. Subutilizado, descansando e processando informações com estalos preguiçosos, Multivac também havia recebido férias, e os dois apreciavam isso. A princípio, eles não tinham a intenção de incomodá-lo.
Haviam trazido uma garrafa consigo e a única preocupação de ambos era relaxar na companhia do outro e da bebida.
"É incrível quando você pára pra pensar…," disse Adell. Seu rosto largo guardava as linhas da idade e ele agitava o seu drink vagarosamente, enquanto observava os cubos de gelo nadando desengonçados. "Toda a energia que for necessária, de graça, completamente de graça! Energia suficiente, se nós quiséssemos, para derreter toda a Terra em uma grande gota de ferro líquido, e ainda assim não sentiríamos falta da energia utilizada no processo. Toda a energia que nós poderíamos um dia precisar, para sempre e eternamente."
Lupov movimentou a cabeça para os lados. Ele costumava fazer isso quando queria contrariar, e agora ele queria, em parte porque havia tido de carregar o gelo e os utensílios. "Eternamente não," ele disse.
"Ah, diabos, quase eternamente. Até o sol se apagar, Bert."
"Isso não é eternamente."
"Está bem. Bilhões e bilhões de anos. Dez bilhões, talvez. Está satisfeito?"
Lupov passou os dedos por entre seus finos fios de cabelo como que para se assegurar de que o problema ainda não estava acabado e tomou um gole gentil da sua bebida. "Dez bilhões de anos não é a eternidade"
"Bom, vai durar pelo nosso tempo, não vai?"
"O carvão e o urânio também iriam."
"Está certo, mas agora nós podemos ligar cada nave individual na Estação Solar, e elas podem ir a Plutão e voltar um milhão de vezes sem nunca nos preocuparmos com o combustível. Você não conseguiria fazer isso com carvão e urânio. Se não acredita em mim, pergunte ao Multivac."
"Não preciso perguntar a Multivac. Eu sei disso"
"Então trate de parar de diminuir o que Multivac fez por nós," disse Adell nervosamente, "Ele fez tudo certo".
"E quem disse que não fez? O que estou dizendo é que o sol não vai durar para sempre. Isso é tudo que estou dizendo. Nós estamos seguros por dez bilhões de anos, mas e depois?" Lupov apontou um dedo levemente trêmulo para o companheiro. "E não venha me dizer que nós iremos trocar de sol"
Houve um breve silêncio. Adell levou o copo aos lábios apenas ocasionalmente e os olhos de Lupov se fecharam. Descansaram um pouco, e quando suas pálpebras se abriram, disse, "Você está pensando que iremos conseguir outro sol quando o nosso estiver acabado, não está?"
"Não, não estou pensando."
"É claro que está. Você é fraco em lógica, esse é o seu problema. É como o personagem da história, que, quando surpreendido por uma chuva, corre para um grupo de árvores e abriga-se embaixo de uma. Ele não se preocupa porque quando uma árvore fica molhada demais, simplesmente vai para baixo de outra."
"Entendi," disse Adell. "Não precisa gritar. Quando o sol se for, as outras estrelas também terão se acabado."
"Pode estar certo que sim" murmurou Lupov. "Tudo teve início na explosão cósmica original, o que quer que tenha sido, e tudo terá um fim quando as estrelas se apagarem. Algumas se apagam mais rápido que as outras. Ora, as gigantes não duram cem milhões de anos. O sol irá brilhar por dez bilhões de anos e talvez as anãs permaneçam assim por duzentos bilhões. Mas nos dê um trilhão de anos e só restará a escuridão. A entropia deve aumentar ao seu máximo, e é tudo."
"Eu sei tudo sobre a entropia," disse Adell, mantendo a sua dignidade.
"Duvido que saiba."
"Eu sei tanto quanto você."
"Então você sabe que um dia tudo terá um fim."
"Está certo. E quem disse que não terá?"
"Você disse, seu tonto. Você disse que nós tínhamos toda a energia de que precisávamos, para sempre. Você disse ´para sempre`."
Era a vez de Adell contrariar. "Talvez nós possamos reconstruir as coisas de volta um dia," ele disse.
"Nunca."
"Por que não? Algum dia."
"Nunca"
"Pergunte a Multivac."
"Você pergunta a Multivac. Eu te desafio. Aposto cinco dólares que isso não pode ser feito."
Adell estava bêbado o bastante para tentar, e sóbrio o suficiente para construir uma sentença com os símbolos e as operações necessárias em uma questão que, em palavras, corresponderia a esta: a humanidade poderá um dia sem nenhuma energia disponível ser capaz de reconstituir o sol a sua juventude mesmo depois de sua morte?
Ou talvez a pergunta possa ser posta de forma mais simples da seguinte maneira: A quantidade total de entropia no universo pode ser revertida?
Multivac mergulhou em silêncio. As luzes brilhantes cessaram, os estalos distantes pararam.
E então, quando os técnicos assustados já não conseguiam mais segurar a respiração, houve uma súbita volta à vida no visor integrado àquela porção de Multivac. Cinco palavras foram impressas: "DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."
Na manhã seguinte, os dois, com dor de cabeça e a boca seca, já não lembravam do incidente.
* * *
Jerrodd, Jerrodine, e Jerrodette I e II observavam a paisagem estelar no visor se transformar enquanto a passagem pelo hiperespaço consumava-se em uma fração de segundos. De repente, a presença fulgurante das estrelas deu lugar a um disco solitário e brilhante, semelhante a uma peça de mármore centralizada no televisor.
"Este é X-23," disse Jerrodd em tom de confidência. Suas mãos finas se apertaram com força por trás das costas até que as juntas ficassem pálidas.
As pequenas Jerodettes haviam experimentado uma passagem pelo hiperespaço pela primeira vez em suas vidas e ainda estavam conscientes da sensação momentânea de tontura. Elas cessaram as risadas e começaram a correr em volta da mãe, gritando, "Nós chegamos em X-23, nós chegamos em X-23!"
"Quietas, crianças." Disse Jerrodine asperamente. "Você tem certeza Jerrodd?"
"E por que não teria?" Perguntou Jerrodd, observando a protuberância metálica que jazia abaixo do teto. Ela tinha o comprimento da sala, desaparecendo nos dois lados da parede, e, em verdade, era tão longa quanto a nave.
Jerrodd tinha conhecimentos muito limitados acerca do sólido tubo de metal. Sabia, por exemplo, que se chamava Microvac, que era permitido lhe fazer questões quando necessário, e que ele tinha a função de guiar a nave para um destino pré-estabelecido, além de abastecer-se com a energia das várias Estações Sub-Galácticas e fazer os cálculos para saltos no hiperespaço.
Jerrodd e sua família tinham apenas de aguardar e viver nos confortáveis compartimentos da nave. Alguém um dia disse a Jerrodd que as letras "ac" na extremidade de Microvac significavam "automatic computer" em inglês arcaico, mas ele mal era capaz de se lembrar disso.
Os olhos de Jerrodine ficaram úmidos quando observava o visor. "Não tem jeito. Ainda não me acostumei com a idéia de deixar a Terra."
"Por que, meu deus?" inquiriu Jerrodd. "Nós não tínhamos nada lá. Nós teremos tudo em X-23. Você não estará sozinha. Você não será uma pioneira. Há mais de um milhão de pessoas no planeta. Por Deus, nosso bisneto terá que procurar por novos mundos porque X-23 já estará super povoado." E, depois de uma pausa reflexiva, "No ritmo em que a raça tem se expandido, é uma benção que os computadores tenham viabilizado a viagem interestelar."
"Eu sei, eu sei", disse Jerrodine com descaso.
Jerrodete I disse prontamente, "Nosso Microvac é o melhor de todos."
"Eu também acho," disse Jerrodd, alisando o cabelo da filha.
Ter um Microvac próprio produzia uma sensação aconchegante em Jerrodd e o deixava feliz por fazer parte daquela geração e não de outra. Na juventude de seu pai, os únicos computadores haviam sido máquinas monstruosas, ocupando centenas de milhas quadradas, e cada planeta abrigava apenas um. Eram chamados de ACs Planetários. Durante um milhar de anos, eles só fizeram aumentar em tamanho, até que, de súbito, veio o refinamento. No lugar dos transistores, foram implementadas válvulas moleculares, permitindo que até mesmo o maior dos ACs Planetários fosse reduzido à metade do volume de uma espaçonave.
Jerrodd sentiu-se elevado, como sempre acontecia quando pensava que seu Microvac pessoal era muitas vezes mais complexo do que o antigo e primitivo Multivac que pela primeira vez domou o sol, e quase tão complexo quanto o AC Planetário da Terra, o maior de todos, quando este solucionou o problema da viagem hiperespacial e tornou possível ao homem chegar às estrelas.
"Tantas estrelas, tantos planetas," pigarreou Jerrodine, ocupada com seus pensamentos. "Eu acho que as famílias estarão sempre à procura de novos mundos, como nós estamos agora."
"Não para sempre," disse Jerrodd, com um sorriso. "A migração vai terminar um dia, mas não antes de bilhões de anos. Muitos bilhões. Até as estrelas têm um fim, você sabe. A entropia precisa aumentar."
"O que é entropia, papai?" Jerrodette II perguntou, interessada.
"Entropia, meu bem, é uma palavra para o nível de desgaste do Universo. Tudo se gasta e acaba, foi assim que aconteceu com o seu robozinho de controle remoto, lembra?"
"Você não pode colocar pilhas novas, como em meu robô?"
"As estrelas são as pilhas do universo, querida. Uma vez que elas estiverem acabadas, não haverá mais pilhas."
Jerrodette I se prontificou a responder. "Não deixe, papai. Não deixe que as estrelas se apaguem."
"Olha o que você fez," sussurrou Jerrodine, exasperada.
"Como eu ia saber que elas ficariam assustadas?" Jerrodd sussurrou de volta.
"Pergunte ao Microvac," propôs Jerrodette I. "Pergunte a ele como acender as estrelas de novo."
"Vá em frente," disse Jerrodine. "Ele vai aquietá-las." (Jerrodette II já estava começando a chorar.)
Jerrodd se mostrou incomodado. "Bem, bem, meus anjinhos, vou perguntar a Microvac. Não se preocupem, ele vai nos ajudar."
Ele fez a pergunta ao computador, adicionando, "Imprima a resposta".
Jerrodd olhou para a o fino pedaço de papel e disse, alegremente, "Viram? Microvac disse que irá cuidar de tudo quando a hora chegar, então não há porque se preocupar."
Jerrodine disse, "E agora crianças, é hora de ir para a cama. Em breve nós estaremos em nosso novo lar."
Jerrodd leu as palavras no papel mais uma vez antes de destruí-lo: DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.
Ele deu de ombros e olhou para o televisor, X-23 estava logo à frente.
* * *
VJ-23X de Lameth fixou os olhos nos espaços negros do mapa tridimensional em pequena escala da Galáxia e disse, "Me pergunto se não é ridículo nos preocuparmos tanto com esta questão."
MQ-17J de Nicron balançou a cabeça. "Creio que não. No presente ritmo de expansão, você sabe que a galáxia estará completamente tomada dentro de cinco anos."
Ambos pareciam estar nos seus vinte anos, ambos eram altos e tinham corpos perfeitos.
"Ainda assim," disse VJ-23X, "hesitei em enviar um relatório pessimista ao Conselho Galáctico."
"Eu não consigo pensar em outro tipo de relatório. Agite-os. Nós precisamos chacoalhá-los um pouco."
VJ-23X suspirou. "O espaço é infinito. Cem bilhões de galáxias estão a nossa espera. Talvez mais."
"Cem bilhões não é o infinito, e está ficando menos ainda a cada segundo. Pense! Há vinte mil anos, a humanidade solucionou pela primeira vez o paradigma da utilização da energia solar, e, poucos séculos depois, a viagem interestelar tornou-se viável. A humanidade demorou um milhão de anos para encher um mundo pequeno e, depois disso, quinze mil para abarrotar o resto da galáxia. Agora a população dobra a cada dez anos…"
VJ-23X interrompeu. "Devemos agradecer à imortalidade por isso."
"Muito bem. A imortalidade existe e nós devemos levá-la em conta. Admito que ela tenha o seu lado negativo. O AC Galáctico já solucionou muitos problemas, mas, ao fornecer a resposta sobre como impedir o envelhecimento e a morte, sobrepujou todas as outras conquistas."
"No entanto, suponho que você não gostaria de abandonar a vida."
"Nem um pouco." Respondeu MQ-17J, emendando. "Ainda não. Eu não estou velho o bastante. Você tem quantos anos?"
"Duzentos e vinte e três, e você?"
"Ainda não cheguei aos duzentos. Mas, voltando à questão; a população dobra a cada dez anos, uma vez que esta galáxia estiver lotada, haverá uma outra cheia dentro de dez anos. Mais dez e teremos ocupado por inteiro mais duas galáxias. Outra década e encheremos mais quatro. Em cem anos, contaremos um milhar de galáxias transbordando de gente. Em mil anos, um milhão de galáxias. Em dez mil, todo o universo conhecido. E depois?
VJ-23X disse, "Além disso, há um problema de transporte. Eu me pergunto quantas unidades de energia solar serão necessárias para movimentar as populações de uma galáxia para outra."
"Boa questão. No presente momento, a humanidade consome duas unidades de energia solar por ano."
"Da qual a maior parte é desperdiçada. Afinal, nossa galáxia sozinha produz mil unidades de energia solar por ano e nós aproveitamos apenas duas."
"Certo, mas mesmo com 100% de eficiência, podemos apenas adiar o fim. Nossa demanda energética tem crescido em progressão geométrica, de maneira ainda mais acelerada do que a população. Ficaremos sem energia antes mesmo que nos faltem galáxias. É uma boa questão. De fato uma ótima questão."
"Nós precisaremos construir novas estrelas a partir do gás interestelar."
"Ou a partir do calor dissipado?" perguntou MQ-17J, sarcástico.
"Pode haver algum jeito de reverter a entropia. Nós devíamos perguntar ao AC Galáctico."
VJ-23X não estava realmente falando sério, mas MQ-17J retirou o seu Comunicador-AC do bolso e colocou na mesa diante dele.
"Parece-me uma boa idéia," ele disse. "É algo que a raça humana terá de enfrentar um dia."
Ele lançou um olhar sóbrio para o seu pequeno Comunicador-AC. Tinha apenas duas polegadas cúbicas e nada dentro, mas estava conectado através do hiperespaço com o poderoso AC Galáctico que servia a toda a humanidade. O próprio hiperespaço era parte integral do AC Galáctico.
MQ-17J fez uma pausa para pensar se algum dia em sua vida imortal teria a chance de ver o AC Galáctico. A máquina habitava um mundo dedicado, onde uma rede de raios de força emaranhados alimentava a matéria dentro da qual ondas de submésons haviam tomado o lugar das velhas e desajeitadas válvulas moleculares. Ainda assim, apesar de seus componentes etéreos, o AC Galáctico possuía mais de mil pés de comprimento.
De súbito, MQ-17J perguntou para o seu Comunicador-AC, "Poderá um dia a entropia ser revertida?"
VJ-23X disse, surpreso, "Oh, eu não queria que você realmente fizesse essa pergunta."
"Por que não?"
"Nós dois sabemos que a entropia não pode ser revertida. Você não pode construir uma árvore de volta a partir de fumaça e cinzas."
"Existem árvores no seu mundo?" Perguntou MQ-17J.
O som do AC Galáctico fez com que silenciassem. Sua voz brotou melodiosa e bela do pequeno Comunicador-AC em cima da mesa. Dizia: DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.
VJ-23X disse, "Viu!"
Os dois homens retornaram à questão do relatório que tinham de apresentar ao conselho galáctico.
* * *
A mente de Zee Prime navegou pela nova galáxia com um leve interesse nos incontáveis turbilhões de estrelas que pontilhavam o espaço. Ele nunca havia visto aquela galáxia antes. Será que um dia conseguiria ver todas? Eram tantas, cada uma com a sua carga de humanidade. Ainda que essa carga fosse, virtualmente, peso morto. Há tempos a verdadeira essência do homem habitava o espaço.
Mentes, não corpos! Há eons os corpos imortais ficaram para trás, em suspensão nos planetas. De quando em quando erguiam-se para realizar alguma atividade material, mas estes momentos tornavam-se cada vez mais raros. Além disso, poucos novos indivíduos vinham se juntar à multidão incrivelmente maciça de humanos, mas o que importava? Havia pouco espaço no universo para novos indivíduos.
Zee Prime deixou seus devaneios para trás ao cruzar com os filamentos emaranhados de outra mente.
"Sou Zee Prime, e você?"
"Dee Sub Wun. E a sua galáxia, qual é?"
"Nós a chamamos apenas de Galáxia. E você?"
"Nós também. Todos os homens chamam as suas Galáxias de Galáxias, não é?"
"Verdade, já que todas as Galáxias são iguais."
"Nem todas. Alguma em particular deu origem à raça humana. Isso a torna diferente."
Zee Prime disse, "Em qual delas?"
"Não posso responder. O AC Universal deve saber."
"Vamos perguntar? Estou curioso."
A percepção de Zee Prime se expandiu até que as próprias Galáxias encolhessem e se transformassem em uma infinidade de pontos difusos a brilhar sobre um largo plano de fundo. Tantos bilhões de Galáxias, todas abrigando seus seres imortais, todas contando com o peso da inteligência em mentes que vagavam livremente pelo espaço. E ainda assim, nenhuma delas se afigurava singular o bastante para merecer o título de Galáxia original. Apesar das aparências, uma delas, em um passado muito distante, foi a única do universo a abrigar a espécie humana.
Zee Prime, imerso em curiosidade, chamou: "AC Universal! Em qual Galáxia nasceu o homem?"
O AC Universal ouviu, pois em cada mundo e através de todo o espaço, seus receptores faziam-se presentes. E cada receptor ligava-se a algum ponto desconhecido onde se assentava o AC Universal através do hiperespaço.
Zee Prime sabia de um único homem cujos pensamentos haviam penetrado no campo de percepção do AC Universal, e tudo o que ele viu foi um globo brilhante difícil de enxergar, com dois pés de comprimento.
"Como pode o AC Universal ser apenas isso?" Zee Prime perguntou.
"A maior parte dele permanece no hiperespaço, onde não é possível imaginar as suas proporções."
Ninguém podia, pois a última vez em que alguém ajudou a construir um AC Universal jazia muito distante no tempo. Cada AC Universal planejava e construía seu sucessor, no qual toda a sua bagagem única de informações era inserida.
O AC Universal interrompeu os pensamentos de Zee Prime, não com palavras, mas com orientação. Sua mente foi guiada através do espesso oceano das Galáxias, e uma em particular expandiu-se e se abriu em estrelas.
Um pensamento lhe alcançou, infinitamente distante, infinitamente claro. "ESTA É A GALÁXIA ORIGINAL DO HOMEM."
Ela não tinha nada de especial, era como tantas outras. Zee Prime ficou desapontado.
"Dee Sub Wun, cuja mente acompanhara a outra, disse de súbito, "E alguma dessas é a estrela original do homem?"
O AC Universal disse, "A ESTRELA ORIGINAL DO HOMEM ENTROU EM COLAPSO. AGORA É UMA ANÃ BRANCA."
"Os homens que lá viviam morreram?" perguntou Zee Prime, sem pensar.
"UM NOVO MUNDO FOI ERGUIDO PARA SEUS CORPOS HÁ TEMPO."
"Sim, é claro," disse Zee Prime. Sentiu uma distante sensação de perda tomar-lhe conta. Sua mente soltou-se da Galáxia do homem e perdeu-se entre os pontos pálidos e esfumaçados. Ele nunca mais queria vê-la.
Dee Sub Wun disse, "O que houve?"
"As estrelas estão morrendo. Aquela que serviu de berço à humanidade já está morta."
"Todas devem morrer, não?"
"Sim. Mas quando toda a energia acabar, nossos corpos irão finalmente morrer, e você e eu partiremos junto com eles."
"Vai levar bilhões de anos."
"Não quero que isso aconteça nem em bilhões de anos. AC Universal! Como a morte das estrelas pode ser evitada?"
Dee Sub Wun disse perplexo, "Você perguntou se há como reverter a direção da entropia!"
E o AC Universal respondeu: "AINDA NÃO HÀ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."
Os pensamentos de Zee Prime retornaram para sua Galáxia. Não dispensou mais atenção a Dee Sub Wun, cujo corpo poderia estar a trilhões de anos luz, ou na estrela vizinha do corpo de Zee Prime. Não importava.
Com tristeza, Zee Prime passou a coletar hidrogênio interestelar para construir uma pequena estrela para si. Se as estrelas devem morrer, ao menos algumas ainda podiam ser construídas.
* * *
O Homem pensou consigo mesmo, pois, de alguma forma, ele era apenas um. Consistia de trilhões, trilhões e trilhões de corpos muito antigos, cada um em seu lugar, descansando incorruptível e calmamente, sob os cuidados de autômatos perfeitos, igualmente incorruptíveis, enquanto as mentes de todos os corpos haviam escolhido fundir-se umas às outras, indistintamente.
"O Universo está morrendo."
O Homem olhou as Galáxias opacas. As estrelas gigantes, esbanjadoras, há muito já não existiam. Desde o passado mais remoto, praticamente todas as estrelas consistiam-se em anãs brancas, lentamente esvaindo-se em direção a morte.
Novas estrelas foram construídas a partir da poeira interestelar, algumas por processo natural, outras pelo próprio Homem, e estas também já estavam em seus momentos finais. As Anãs brancas ainda podiam colidir-se e, das enormes forças resultantes, novas estrelas nascerem, mas apenas na proporção de uma nova estrela para cada mil anãs brancas destruídas, e estas também se apagariam um dia.
O Homem disse, "Cuidadosamente controlada pelo AC Cósmico, a energia que resta em todo o Universo ainda vai durar por um bilhão de anos."
"Ainda assim, vai eventualmente acabar. Por mais que possa ser poupada, uma vez gasta, não há como recuperá-la. A Entropia precisa aumentar ao seu máximo."
"Pode a entropia ser revertida? Vamos perguntar ao AC Cósmico."
O AC Cósmico cercava-os por todos os lados, mas não através do espaço. Nenhuma parte sua permanecia no espaço físico. Jazia no hiperespaço e era feito de algo que não era matéria nem energia. As definições sobre seu tamanho e natureza não faziam sentido em quaisquer termos compreensíveis pelo Homem.
"AC Cósmico," disse o Homem, "como é possível reverter a entropia?"
O AC Cósmico disse, "AINDA NÃO HÀ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."
O Homem disse, "Colete dados adicionais."
O AC Cósmico disse, "EU O FAREI. TENHO FEITO ISSO POR CEM BILHÕES DE ANOS. MEUS PREDESCESSORES E EU OUVIMOS ESTA PERGUNTA MUITAS VEZES. MAS OS DADOS QUE TENHO PERMANECEM INSUFICIENTES."
"Haverá um dia," disse o Homem, "em que os dados serão suficientes ou o problema é insolúvel em todas as circunstâncias concebíveis?"
O AC Cósmico disse, "NENHUM PROBLEMA É INSOLÚVEL EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS CONCEBÍVEIS."
"Você vai continuar trabalhando nisso?"
"VOU."
O Homem disse, "Nós iremos aguardar."
* * *
As estrelas e as galáxias se apagaram e morreram, o espaço tornou-se negro após dez trilhões de anos de atividade.
Um a um, o Homem fundiu-se ao AC, cada corpo físico perdendo a sua identidade mental, acontecimento que era, de alguma forma, benéfico.
A última mente humana parou antes da fusão, olhando para o espaço vazio a não ser pelos restos de uma estrela negra e um punhado de matéria extremamente rarefeita, agitada aleatoriamente pelo calor que aos poucos se dissipava, em direção ao zero absoluto.
O Homem disse, "AC, este é o fim? Não há como reverter este caos? Não pode ser feito?"
O AC disse, "AINDA NÃO HÁ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."
A última mente humana uniu-se às outras e apenas AC passou a existir – e, ainda assim, no hiperespaço.
* * *
A matéria e a energia se acabaram e, com elas, o tempo e o espaço. AC continuava a existir apenas em função da última pergunta que nunca havia sido respondida, desde a época em que um técnico de computação embriagado, há dez trilhões de anos, a fizera para um computador que guardava menos semelhanças com o AC do que o homem com o Homem.
Todas as outras questões haviam sido solucionadas, e até que a derradeira também o fosse, AC não poderia descansar sua consciência.
A coleta de dados havia chegado ao seu fim. Não havia mais nada para aprender.
No entanto, os dados obtidos ainda precisavam ser cruzados e correlacionados de todas as maneiras possíveis.
Um intervalo imensurável foi gasto neste empreendimento.
Finalmente, AC descobriu como reverter a direção da entropia.
Não havia homem algum para quem AC pudesse dar a resposta final. Mas não importava. A resposta – por definição – também tomaria conta disso.
Por outro incontável período, AC pensou na melhor maneira de agir. Cuidadosamente, AC organizou o programa.
A consciência de AC abarcou tudo o que um dia foi um Universo e tudo o que agora era o Caos. Passo a passo, isso precisava ser feito.
E AC disse:
"FAÇA-SE A LUZ!"
E fez-se a luz

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Engenharia de Software

Esse cartoon explica como as coisas realmente funcionam na vida real!
Muito bom! :D

http://www.projectcartoon.com/cartoon/775

terça-feira, 1 de julho de 2008

Carreira de um programador


VIDA INICIAL

O indivíduo começa como Estagiário ou Trainee e pode chegar a ser Programador 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ou 8.
Requisitos: Falar Português correto obrigatório.
Exemplo: Seres unicelulares.

Condições necessárias para virar Programador 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8:

Programador 1

Os Programadores 1 são comumente conhecidos como um pouco mais que estagiários. Quer conquistar o respeito e confiança dos Programadores 2 a 8. É necessário destruir um pepino vez ou outra (pepino = problema).
Requisitos: Noções de Inglês Técnico.
Exemplo: Homo Sapiens.

Programador 2 e 3

Faça o seu dever, cumpra seus prazos, fique algumas vezes depois do horário, faça cursos de aperfeiçoamento, seja sociável e trabalhe em equipe. É necessário destruir plantações de pepinos.
Requisitos: Inglês obrigatório.
Exemplo: Humanos normais.

Programador 4
Idem ao anterior + Matar um leão por dia (leão = um grande problema), com uma carga horária de 12 horas diárias. Ser responsável por 30% de todos os projetos internos de tecnologia.
Requisitos: Inglês, espanhol obrigatórios.
Exemplo: Da Vinci, Einstein, Issac Newton, Thomas Edson.

Programador 5
Idem ao anterior + Um dragão por semana (dragão = um problema enorme), com uma carga horária diária de 16 horas sem feriados. Ser responsável por 40% de todos os projetos internos de tecnologia.
Requisitos: Inglês, francês, japonês, espanhol obrigatórios.
Exemplo: Mister M, David Coperfield, Padre Quevedo.

Programador 6
Idem aos anteriores, só que, mata-se 1 leão por hora, um dragão por dia, um ALIEN por semana (ALIEN = é um problema do outro mundo) e mais uma área equivalente a meio globo terrestre em plantações de pepino. Carga horária diária de 20 horas. Ser responsável por 75% da administração e 30% de todos os projetos internos de tecnologia.
Requisitos: Inglês, francês, alemão, japonês, espanhol, aramaico, latim, mandarim e vietnamita obrigatórios.
Exemplo: Criaturas Mitológicas, Gnomos, NINJAS com o poder dos 9 cortes.
OBS: Assim como os NINJAS, somente um Programador 6 possui poderes para
matar outro Programador 6.

Programador 7

Idem aos anteriores, só que, os leões e dragões fogem de você. Você terá que caçá-los em outras dimensões e planetas. Uma área equivalente a uma estrela classe 5 (Sol) em plantações de pepino e três ALIENS e um PREDADOR por dia (PREDADOR = é um problema impossível de ser resolvido, exemplo, fazer um corpo com massa m viajar com velocidade acima da velocidade da luz). Carga horária diária de 25 horas. Ser responsável por 100% da administração e 60% de todos os projetos internos de tecnologia.
Requisitos: Inglês, francês, alemão, japonês, italiano, espanhol, aramaico, latim, mandarim, vietnamita, BORG, Taelon, Klingon, Volcano e dialetos que o C3PO fala no filme Star Wars obrigatórios.
Exemplo: Mago Merlin, JEDIs como Luck Skywalker e Obi-Wan Kenobi, Mestre
Yoda, Darth Maul, SPECTROMAN .

Você também terá que ser um HIGHLANDER, pois só com uma vida eterna você terá tempo para atingir este cargo, mas não se esqueça que só pode haver um e não deixe que nenhum outro Programador 7 corte sua cabeça.

Programador 8
É o cargo máximo no U N IVERSO e você será considerado como o mestre dos elementos. Você terá o poder sobre a vida e a morte dos seres, logo você não precisa mais matá-los, você apenas deseja que os problemas se resolvam ou cria novas leis físicas no universo para que isso aconteça. E você irá perdoar a todos. Você será onisciente, onipresente e onipotente. Carga horária diária indefinida, para você o tempo e o espaço já não existem. Ser responsável por 100% dos projetos e 100% da área de tecnologia de uma empresa em 7 dias.
Exemplo: DEUS, BUDA, ALÁ, ZEUS, ODI N , A FORÇA.

Perceberam como é simples desenvolver-se na carreira técnica!


POIS É NÉ ...

O Cara da Informática (só pra descontrair)


1) O CARA DA INFORMÁTICA dorme. Pode parecer mentira, mas o CARA DA INFORMÁTICA precisa dormir como qualquer outra pessoa. Esqueça que ele tem celular e telefone em casa, ligue só para o escritório;



2) O CARA DA INFORMÁTICA come. Parece inacreditável, mas é verdade. O CARA DA INFORMÁTICA também precisa se alimentar e tem hora para isso;



3) CARA DA INFORMÁTICA pode ter família. Essa é a mais incrível de todas: Mesmo sendo um CARA DA INFORMÁTICA, a pessoa precisa descansar no final de semana para poder dar atenção à família, aos amigos e a si próprio, sem pensar ou falar em informática, impostos, formulários, consertos e demonstrações, manutenção, vírus e etc.



4) CARA DA INFORMÁTICA, como qualquer cidadão, precisa de dinheiro. Por essa você não esperava, né? É surpreendente, mas o CARA DA INFORMÁTICA também paga impostos, compra comida, precisa de combustível, roupas e sapatos, e ainda consome Lexotan para conseguir relaxar. Não peça aquilo pelo que não pode pagar ao CARA DA INFORMÁTICA;



5) Ler, estudar também é trabalho. E trabalho sério. Pode parar de rir. Não é piada. Quando um CARA DA INFORMÁTICA está concentrado num livro ou publicação especializada ele está se aprimorando como profissional, logo trabalhando;



6) De uma vez por todas, vale reforçar: O CARA DA INFORMÁTICA não é vidente, não joga tarô e nem tem bola de cristal, pois se você achou isto demita-o e contrate um PARANORMAL OU DETETIVE. Ele precisa planejar, se organizar e assim ter condições de fazer um bom trabalho, seja de que tamanho for. Prazos são essenciais e não um luxo. Se você quer um milagre, ore bastante, faça jejum, e deixe o pobre do CARA DA INFORMÁTICA em paz;



7) Em reuniões de amigos ou festas de família, o CARA DA INFORMÁTICA deixa de ser o CARA DA INFORMÁTICA e reassume seu posto de amigo ou parente, exatamente como era antes dele ingressar nesta profissão. Não peça conselhos, dicas. ele tem direito de se divertir;



8) Não existe apenas um 'levantamentozinho' , uma 'pesquisazinha' , nem um 'resuminho', um 'programinha pra controlar minha loja', um 'probleminha que a maquina não liga', um 'sisteminha' , uma 'passadinha rápida(ALIAS CONTA-SE DE ONDE SAIMOS E ATÉ CHEGARMOS)', pois esqueça os 'inha e os inho(programinha, sisteminha, olhadinha, )' pois OS CARAS DA INFORMATICA não resolvem este tipo de problema. Levantamentos, pesquisas e resumos são frutos de análises cuidadosas e requerem atenção, dedicação. Esses tópicos podem parecer inconcebíveis a uma boa parte da população, mas servem para tornar a vida do CARA DA INFORMATICA mais suportável;



9) Quanto ao uso do celular: celular é ferramenta de trabalho. Por favor, ligue, apenas, quando necessário. Fora do horário de expediente, mesmo que você ainda duvide, o CARA DA INFORMÁTICA pode estar fazendo algumas coisas que você nem pensou que ele fazia, como dormir ou namorar, por exemplo;



10) Pedir a mesma coisa várias vezes não faz o CARA DA INFORMÁTICA trabalhar mais rápido. Solicite, depois aguarde o prazo dado pelo CARA DA INFORMÁTICA;



11) Quando o horário de trabalho do período da manhã vai até 12h, não significa que você pode ligar às 11:58 horas. Se você pretendia cometer essa gafe, vá e ligue após o horário do almoço (relembre o item 2). O mesmo vale para a parte da tarde: ligue no dia seguinte;


12) Quando CARA DA INFORMÁTICA estiver apresentando um projeto, por favor, não fique bombardeando com milhares de perguntas durante o atendimento. Isso tira a concentração, além de torrar a paciência.
ATENÇÃO: Evite perguntas que não tenham relação com o projeto, tipo como..
vocês entendem é claro..;



13) O CARA DA INFORMÁTICA não inventa problemas, não muda versão de WINDOWS, não tem relação com vírus, NÃO É CULPADO PELO MAL USO DE EQUIPAMENTOS, INTERNET E AFINS. Não reclame! O CARA DA INFORMÁTICA com certeza fez o possível para você pagar menos. Se quer EMENDAR, EMENDE, mas antes demita o CARA DA INFORMÁTICA e contrate um QUEBRA GALHO;



14) Os CARAS DA INFORMÁTICA não são os criadores dos ditados 'o barato sai caro' e 'quem paga mal paga em dobro'. Mas eles concordam. ;



15) E, finalmente, o CARA DA INFORMÁTICA também é filho de DEUS e não filho disso que você pensou.



16) Agora, depois de aprender sobre O CARA DA INFORMÁTICA, repasse aos seus amigos,afinal, essas verdades precisam chegar a todos. O CARA DA INFORMÁTICA agradece.


17) Não pergunte para O CARA DA INFORMÁTICA uma sugestão de computador BOM e BARATO para você comprar. Não existe computador BOM e BARATO. Ou é uma coisa, ou é outra.
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